7 DE SETEMBRO: Refletindo sobre Nossa História de Independência

Celso Tracco

A data patriótica de 7 de setembro, a independência do Brasil, merece nossa celebração anual. Assim como comemoramos aniversários, casamentos e outras conquistas pessoais, também deveríamos celebrar a independência política do nosso país. No entanto, será que estamos fazendo isso da maneira certa?

Não me refiro aos desfiles cívicos obrigatórios, onde a demonstração de patriotismo acontece por protocolo, sem compreensão real. Refiro-me à celebração sincera das verdadeiras conquistas do povo brasileiro: o direito a uma alimentação adequada, transporte digno, um sistema de saúde eficiente para todos, independentemente de classe social, e educação de qualidade em todo o país. Devemos questionar se ainda temos motivos para celebrar ou se sou muito crítico.

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Vamos refletir brevemente sobre nossos 201 anos de independência. Em apenas 51 desses anos, tivemos governantes eleitos pelo voto secreto da maioria. Os outros 150 anos foram marcados por imperadores, ditadores civis e militares, eleições manipuladas e colégios eleitorais. A democracia, apesar de imperfeita, é o melhor sistema político, e o Brasil tem pouca experiência democrática.
Devemos nos perguntar:

  • Qual é a liberdade de um povo que não pode eleger seus governantes?
  • Qual é a nossa ação em prol de uma verdadeira cidadania, de uma sociedade mais justa, sem desigualdade social, sem exclusões, sem uma cultura de morte e violência, com reais oportunidades de trabalho para todos, com respeito aos idosos, às crianças, às mulheres, aos mais necessitados, independente de raça, credo, cor, etnia ou opção sexual?
  • Qual é a nossa ação contra os contínuos e cotidianos desmandos públicos, onde aqueles que deveriam servir ao público, se servem do dinheiro público, do dinheiro dos impostos, para se locupletarem em atos espúrios e indignos?
  • O que fazemos para melhorar a vida de nossa cidade, de nosso bairro, de nossa comunidade, impedindo que os falsos profetas proclamem e mais, ajam sobre inverdades?
  • O quanto realmente exigimos de nossas autoridades constituídas, servidores públicos, para investirem em uma educação de qualidade, um amplo acesso ao sistema de saúde, um transporte público de qualidade?
  • O quanto estamos pensando na coletividade, no bem de todos, deixando de lado nosso egoísmo e nossa mesquinhez individualista?

Se nos acomodarmos em nosso egoísmo, seremos coniventes com a situação. Para alcançar a verdadeira liberdade, precisamos lutar pelo que é legítimo para todos os trabalhadores que contribuem para o progresso da nação. Somente o povo, conforme estabelecido em nossa Constituição, pode escolher seus representantes. A verdadeira liberdade ainda requer muito esforço.

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